quarta-feira, 7 de maio de 2008

Escrita Escura

Fecho os olhos e ela lá está: a sombra...
E com ela o cheiro a fumo, a vida podre que me espera, que não me deixa.
É a escrita escura, a vida dura que me impele a fechar os olhos.
Não páro, não há nada a fazer a não ser escrever com linhas negras o sentimento que descuro. Nem sempre o vejo, nem sempre o sinto, mas ele lá está e não há saída. Como poderia haver? Vem, hoje também.
Lua nova do meu medo.
Lua cheia do meu ser.
Noite da verdade.
Tinta negra da minha pena.
A morte espera serena...

(Braga, 2 de Julho de 2004, 23:59)

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